.
Tempos houve em que o meu demônio ria,
E eu era uma luz em jardins soalheiros,
Tinha jogo e dança por companheiros
E o vinho do amor que me inebria
Tempos houve em que o meu demônio chorava,
E eu era uma luz em jardins de crueldade,
Tinha por companheira a humildade
Que a casa da pobreza iluminava
Hoje o meu demônio não ri nem chora,
Eu sou uma sombra num jardim perdido,
E o meu companheiro, pela morte enegrecido,
É o silêncio vazio de antes da aurora.
(Georg Trakl)
Fonte: http://www.gargantadaserpente.com/toca/poetas/georgtrakl.php
.
0 Reações:
Postar um comentário