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Há um riso nesta poesia
Há uma boca, e lábios, para tal
Há um corpo nestes versos
Há uma inspiração nesta linha
Uma expiração nesta outra
Esta poesia respira
Esta poesia fala
Sua voz é concreta
E diz não sei quantas frases
Esta poesia tem olhos
Enxergando seu leitor
(A poesia te vê)
A poesia tem estas mãos
Que te abraçam
Que te seguram
A poesia tem este corpo
Que te deseja
E te aproxima
A poesia tem estas pernas
Que caminham nos teus olhos
E correm nos meus dedos
Há, nesta poesia, uma carícia
Que só ‘outra poesia’ pode sentir
E você é essa “outra poesia”
Há, nesta poesia, um olfato
Que sabe o cheiro de versos raros
“Cheiro de versos raros” = baunilha
Esta poesia tem pés
Que chutam ‘gramatismos’
E pisam formalismos
Esta, e toda poesia tem um coração
O difícil é perceber
Quais são seus ritmos cardíacos
Esta, e toda poesia tem utilidade
não acredite nos poeticídas.
Poesia É com você, É por você, É de você, É pra você!
E apesar de poder morrer,
A Poesia ainda vive
E faz viver.
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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Poesia É pra você.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
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