sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Sem conexão.

Hoje não foi possivel postar o que eu queria, internet lenta e eu sem paciência, uma combinação nada agradável. E enquanto essas palavras estavam sendo escritas recebo o aviso: não é possivel acessar o Blogger.com . Bem, acessei e consegui escrever essas palavras, estou me sentido melhor sabendo que é possível subverter o mundo virtual também.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Um cair para cima.







sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Pegadas

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Pegadas


... corre! Mas não deixa pegadas. Tem os pés leves, quase sem peso. Encontra obstáculos.

- E daí, quem vai me achar? Não deixo pegadas. Não piso em falso. Corro. Com fé na velocidade que sei que tenho.

Depois de muito correr: cansaço.

- É, correr cansa.

Acorda, sonha, corre. Não gruda os olhos. Mantêm as pálpebras abertas. A linha de chegada está longe. Reza. Roga para que os pés agüentem a estrada aí a frente.

- Vão agüentar. Adoro tato, pé no chão. Pedra no caminho.

Não tropeça. Ou tropeça pra saber como é, mas se o faz não esquece de levantar, não fica no chão e não deixa pegadas.

- Sei. Só estou te testando; vendo se você consegue escrever sobre mim sem me influenciar.

Então você sabe que escrevo um conto sobre sua corrida?

- Desde o começo.

Então cuidado, mais na frente do conto vou colocar um vale pra lhe barrar o caminho, um riacho não tão profundo pra você atravessar.

- Pare!

O que foi?

- Não me conte meu destino, deixa que eu mesmo o traço.

Mas quem escreve sou eu, meu traço é seu passo; você é o personagem.

- Sou? Então porque não parei de correr ainda?

... muito bem, por mais que este conto acabe meu caro personagem corredor, não posso colocar um ponto final em suas atitudes de moldar seu próprio destino, por isso não vejo suas pegadas desde o começo, deve ter aprendido a fugir do escritor, da história. Vá! Corra e faça suas histórias, mas lembre-se de voltar para que eu as escreva.

- Não se preocupe escritor que me criou, sempre retornarei à ponta de sua caneta. Correndo sobre as linhas, pulando páginas, voando sobre capítulos, nadando nos versos, bebendo as letras, conversando em sua prosa, sentindo sua criatividade me recriar, mas não me siga. Não vou deixar pegadas...


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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Pseudônimo - 1º escrito.

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Pseudônimo 1


Meu heterônimo chama-se Pseudônimo. Ele costuma escrever sem nem mesmo saber o que significa a letra ‘a’, mas o que significa a letra ‘a’ mesmo? Ele se pergunta tanto sobre isso que não conseguiu compreender o alfabeto todo, parou na letra ‘a’ faz uns 16 anos. Disseram que a letra ‘b’ é mais bonita, uma letra grávida, no início ele não entendeu; pois 'como uma letra pode engravidar?', mas ele pensou nessa pergunta e conseguiu responder em dois segundos: a letra engravida para gerar palavras. Ele escreve tudo em sua mente; se seus leitores tivessem a capacidade de ler um livro-mental eles não parariam nunca mais de ler Pseudônimo. Um dia ele escreveu palavras esparsas numa folha e hoje ele revela para o mundo:
“escrever é emudecer pensamentos”.
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