terça-feira, 6 de julho de 2010

Quando a morte não é tão triste...

Quinta, dia primeiro, eu vi um gavião no quintal da casa de um amigo, ele estava ali parado e meu amigo me chamou:
- Davi! Vem cá ver uma coisa!
Quando cheguei no quintal lá estava ele.
Girava a cabeça para os lados.
Estava caçando? Estava descansando? Estava compondo um poema?
Não sei o que Roberto Piva fazia ali no muro,
não sei se aquilo era mais um estranho sinal de Saturno,
Mas com certeza ele não ficou nunca em cima do muro em sua vida poética, política, amorosa, etc.
Por isso, depois de nos deixar ver um pouco de sua forma xamânica de gavião,
ele voou para além de nossa compreensão...

À Roberto Piva (1937-2010)


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