quinta-feira, 9 de outubro de 2008

SONETO DO PRAZER EFÊMERO (Bocage)

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Dizem que o rei cruel do Averno imundo

Tem entre as pernas caralhaz lanceta,
Para meter do cu na aberta greta
A quem não foder bem cá neste mundo:

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Tremei, humanos, deste mal profundo,
Deixai essas lições, sabida peta,
Foda-se a salvo, coma-se a punheta:
Este prazer da vida mais jucundo.

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Se pois guardar devemos castidade,
Para que nos deu Deus porras leiteiras,
Senão para foder com liberdade?

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Fodam-se, pois, casadas e solteiras,
E seja isto já; que é curta a idade,
E as horas do prazer voam ligeiras!

.(Manuel Maria Barbosa du Bocage)

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" Prazeres, sócios meus, e meus tiranos! "
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